Albert Roussel (1869-1937). Compositor francês que iniciou seus estudos musicais em 1894 com Gigout, após ter feito carreira naval. Foi aluno, entre outros, de V. d’Indy na Schola Cantorum entre 1898 e 1908 – escola que começou a lecionar a partir de 1902. O Op. 29 – Segóvia, escrita em 1925, é indubitavelmente dedicado a uma figura importante do violão do Séc. XX Andrés Segóvia.
“É uma insinuante valsa, que tem como tema contrastante uma espécie de pedal rítimico de seguidilla, que envolve toda a segunda seção, onde aparece sobreposta uma melodia entrecortada por ataques e intervenções harmônicas caracterizando o uso da bitonalidade” (GLOEDEN , 1997 – encarte do CD “Os Anos 20”)
Principais características estruturais da obra
Parte A
- Tempo – 3/8; Andamento Allegro non troppo
- Primeira seção – compassos 1-30
- Material harmônico – Lá maior (muitas dissonâncias em funções principais e em dominantes individuais)
- Segunda seção – compassos 31-52
- Material harmônico – Lá menor (igualmente dissonânte na harmonia; melodia que insiste com notas repetidas; maior grau de polifonia)
Parte B
- Tempo – 3/4; Andamento Allegretto e Meno allegro a partir do compasso 72
- Compassos 53-79
- Material rítimico bastante homogênio (vide imagem ao lado) com finais de frase em pizzicato.
- Dó maior predominante – politonalidade
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Parte A
- Tempo – 3/8; Andamento Allegro non troppo
- Primeira seção – compassos 80-109
- Material harmônico – idem aos compassos 1-30
- Segunda seção – compassos 110-129
- Material harmônico – cadências para os acordes: Fá maior (133), Dó maior (140), Lá maior (147)
- Harmonia dissonante; melodia que insiste com notas repetidas; maior grau de polifonia.
Este é a segunda gravação que realizo para o podcast deste site. Esta iniciativa consiste numa série na qual compartilharei algumas peças de meu repertório com breves comentários e informações de pesquisas e links reunidos em num único lugar. Espero que desfrutem!
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