É comum pensar no ensino da música como um método estático. Ou seja, tanto o repertório quanto a relação professor-aluno(s) estão estagnados por conteúdos e ideias pré-concebidas. Desde o repertório até o modo como este é trabalhado em aula, normalmente, não passaram por uma reflexão cuidadosa do professor, e ainda pior, do próprio aluno.
Ao meu ver, o sentido de se fazer está, a partir deste status quo, fadado a falta de sentido desde o início. Ao iniciar meus estudos em música, ainda na infância, buscava algo que descrobriria ser a própria cultura musical. Tinha curiosidade em descobrir por que aqueles sons que escutava tinham tal organização.
Desenvolvi uma relação conotativa com a música. Veio a predileção por um período histórico… um estilo… um instrumento. Então comecei a estudar música principalmente pelo prazer em ser o intérprete de uma composição musical – de organizar os sons pensados por alguém que eu não conhecia.
Ao passo que o estudo da música tomou proporções maiores, a necessidade do conhecimento histórico e estético foi de fundamental importância para denotar o fenômeno acústico. Através de uma abordagem científica pude compreender as modificações que, lentamente, a música sofreu até os dias atuais (por inovações tecnológicas e artísticas desenvolvidas por compositores de todos os períodos). E, além do mais, ter a consciência do papel do artista do passado e de hoje.
Ora, o que tem a ver com o método estático ou a relação estagnada professor-aluno?
É fácil! O som, denotativamente falando, sofreu modificações extraordinárias no decorrer do tempo! Assim como todos os seres humanos têm um potencial de ter prazer com a Música (sem coerção externa). Para nossos alunos, se eles já sentem este prazer inicial, basta propiciar um ambiente fértil para a contextualizão histórica e estética.
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